Ayahuasca everything you need to know
- novembro 29, 2024
Neste livro, compartilho um pouco da minha caminhada para estimular aqueles que desejam, assim como eu, viver suas próprias histórias com autenticidade e dignidade, sem serem manipulados.
Em Minha Luta: o caminhar digno de um guerreiro divido com vocês, um pouco da minha luta por um caminhar digno, inspirado no verdadeiro guerreiro de karatê. É particular, é minha (é o Dô do Dodô), mas poderá reverberar naqueles que lerem este livro. Ao menos, é o que espero.
Nas artes marciais japonesas, o espaço físico onde acontecem os treinos é chamado de dojô, que pode ser traduzido como "local da busca do Caminho", sendo que dô significa caminho e, Jô, local. É considerado um lugar sagrado, por isso, fazemos uma reverência antes de entrar no dojô, em respeito ao espaço. Entramos sempre descalços e com os pés limpos. Quando estamos nele, procuramos permanecer em silêncio e nos manter presentes e focados na prática, sem nos distrairmos.
A filosofia do karatê é voltada para o autoconhecimento, buscamos nos entender por meio da prática. Na observação constante, compreendemos que ora somos fortes, ora frágeis. Que há limites e regras a serem seguidas no dojô. Há movimentos que podemos fazer, e outros que são proibidos. São ensinamentos que podem perfeitamente ser transferidos para o nosso dia a dia fora do dojô.
Desde cedo eu me identifiquei muito com o karatê porque, no fundo, sempre tive valores muito similares ao da filosofia bushi, mesmo sem saber disso. Quando tive contato com os ensinamentos dos grandes mestres, como Gichin Funakoshi, conhecido como "o pai do karatê moderno" e fundador do Shotokan karatê-do, estilo que pratico, senti muita afinidade.
O karatê e as artes marciais nos ensinam muito sobre não desistir daquilo que desejamos. Nos fazem acreditar que somos capazes de alcançar nossos anseios, e, quando sentimos que ainda não temos essa capacidade, nos mostram que podemos nos preparar e vir a ter. A prática da arte marcial nos ensina, ainda, a enfrentar o que nos chega com estratégias e confiança, movidos por uma força de vontade interior, em direção a esse "querer" que nos leva a conquistar o que desejamos.
Não é a luta pela luta que faz um carateca caminhar, mas sim a filosofia que está por trás da luta. Com o karatê aprendi que, mais importante do que brigar e vencer o oponente, é conseguir evitar uma briga. Na verdade, considerando o karatê como filosofia, uma luta só poderia acontecer em caso de vida ou morte.
Isso é o que me encanta nesse modo de vida: a forma de seguir com humildade e dignidade, mas confiantes que podemos conquistar o que desejamos, basta ter resiliência, foco e presença em cada ato do dia a dia.
Minha vida foi permeada por batalhas, mas nunca pensei nas dificuldades como obstáculos para alcançar os meus objetivos. Jamais acreditei que a minha cor ou a falta de dinheiro seriam impedimentos para eu alcançar meus desejos Sempre disse a mim mesmo: "Eu vou conquistar as minhas coisas". Eu sabia que ninguém me daria nada de "mão beijada", não recebi herança dos meus pais, mas sempre agi para conquistar o que quis. E é assim até hoje.
Nessa forma de viver é que surge, para mim, a similaridade com a figura do samurai, o caminho do guerreiro, que nos estimula a fazer o que é necessário ser feito, diante de cada circunstância.
Sei que cada um fará uma leitura de Minha Luta de acordo com o que permeia sua própria vida, e que as conclusões e percepções são diferentes para cada pessoa. Mas acredito que as histórias, mesmo que sejam organizadas de forma diferente em nossas mentes, se repetem.
Como humanos, nossas trajetórias são um pouco parecidas; as histórias apenas não chegam a um protagonista da mesma forma como chegaram a outro. São leituras diferentes de histórias que se repetem.
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